sábado, outubro 02, 2004

A solidão e a vida interior

Todo intervalo é um momento de reflexão. Numa rave, numa reunião de condomínio ou numa aula de Direito Previdenciário o intervalo é momento de revisão das origens de nosso desespero e, claro, de reflexão. São vagos que são preenchidos por uma pauta esclarecedora. Esses interregnos que nos arremessa para a infinita angústia de nossa existência num mundo sem sentido logo conduz à ruína e à desilusão. É para momentos assim que minha memória sempre procura resgatar todo o Adágio for Strings de Samuel Barber, que toda vitrola mental que se preze deveria tocar por inteiro em frações de segundo nos infinitos intervalos de uma existência horrenda.